Meus filhos, As bênçãos dos céus nos acompanhem e favoreçam! Contra os propósitos de serviço no bem, sempre deparará o medianeiro do amor com obstáculos surgidos da intimidade. Momentos de descuido fugazes, mas suficientes para expô-lo ao alcance dos dardos de perversidade e rancor dos que estacionaram na retaguarda inoperante; por vez, um anseio incontido de destaque; por outras, o receio infundado de não aceitação ou aprovação dos amigos que lhe ombreiam a carreata de labor e esforço de melhoria; vagidos de vaidade aqui ou ali desorientando-lhe as perspectivas de crescimento e aprimoramento íntimo; esforços contrários à humildade e à modéstia travestidos de desinteressada ação maculando-lhe a entrega das missivas de mais alto... Precatemo-nos de aceitar o menor esforço e a satisfação de caprichos juvenis de êxito pueril no palanque de exibições de habilidades e performances; vez que o serviço do bem não tange as cordas do exibicionismo; tão pouco as da ilusória vitória, por discreta seja. Fujamos a todo deleite que paute-se no destaque, no diferenciamento ou na aparência de virtude; sempre improvisada. A melhor entrega se reveste de discretas renúncias e silenciosos sacrifícios de todo anseio personalístico. Olhemos para o alto. Busquemos a luz. Mas não nos descuidemos, olvidados do dever de criar asas e habituarmo-nos aos rigores das alturas e de vencer o deslumbre pelas claridades superiores. Só o amor garante a paz. E só em paz íntima se gestam os gigantes da caridade. Amemos ainda um pouco mais... Silenciemos ainda um pouco mais... Toleremos ainda um pouco mais... Aprendamos esperando, ainda um pouco mais. Jesus nos aguarda nas esquinas de luz de nossos destinos. Não sejam as escamas da auto ilusão empecilho o reconheçamos como único mestre e senhor do intercâmbio de luz, amor e paz no mundo. Carlos |